** A seita juntou-se para ir a Fátima em 2 dias pelos Caminhos de Santiago * (sentido inverso obviamente). * (Os Caminhos de Santiago originais, com origem no Sec.IX, não passavam pela Cova da Iria (Fátima), cujas aparições tiveram origem apenas em 1912).
** Como numa peregrinação o objectivo é o caminho e não a
chegada, o nosso caminho foi cheio de azares o que só contribuiu para a
qualidade do mesmo.
Dia 1.
** Logo de manhã cedo, junto à Sé do Porto, vi logo que ia correr
mal, pois o Jorge Almeida, que é da concorrência, apareceu e tivemos que o aturar, o que nos valeu é que o caruncho já não lhe perdoa e em Águeda,
arranjou uma desculpa qualquer “Ah e tal um amigo meu vai passar aqui de carro
e eu vou com ele.”
Entretanto o Pimenta furou e o Vidinha também.
Entretanto o Pimenta furou e o Vidinha também.
** Com estes problemas todos, chegamos a Coimbra já de
noite, mas são e salvos, menos o Jorge Almeida, mas esse também era da
concorrência…
- A viatura da logística também regressou a casa;
- Não sei se já disse mas o Vidinha e o Pimenta furaram outra vez;
- A Ponte em Lamas do Vouga ruiu (não fomos nós, a sério que não);
Pedro "Trilhos" Silva.
2º dia e o “salapismo” continua…
** Ao fim de algum tempo chegámos às ruínas de Conímbriga, vá
lá que não estava ninguém e não foi
preciso pagar para ver os nossos antepassados romanos.
preciso pagar para ver os nossos antepassados romanos.

** Entretanto, o Manel seguiu pela nacional, pois tinha razão, com 60
anos talvez não venha mais a Fátima e pela estrada era mais cómodo para ele.
** O Sérgio Fugas partiu mais uma vez a corrente, mas ponderou se não terá sido da aletria que ingeriu, pois fica com a pedalada mais dura e
parte tudo! Temos agradecer aos colegas da GNR de Ansião, foram
inexcedíveis, trouxeram o almoço para todos prontificaram-se a guardar o carro
de apoio. Mas não foi preciso pois o Pimenta já estava pelos poucos cabelos e
preferiu conduzir o carro.
caminho começa a ser de mais difícil perceção, as marcas não estão visíveis ou com marcações enganosas obrigando a fazer uma grande subida com a bike pela mão para ter ao mesmo caminho! Alguém andou a brincar com as setas azuis, pois as amarelas desapareceram.
** A faltar 10 km para o santuário, cerca das 18h20, optámos por ir
pela estrada, isto porque as setas e o gps não estavam em consonância.
** A nossa aventura, pelos Caminhos de Santiago ou Fátima,
terminou pelas 19h20 quando chegamos finalmente ao Santuário, ali sim tivemos a alegria de
terminar e de encontrar Paz e descanso.
** Mais uma vez os colegas da GNR, do posto de Fátima foram
excecionais, ali tivemos guarida para o carro de apoio e direito a um banho quentinho,
pois o frio já se fazia sentir.
** Abalámos pelas 21h30, após ter pago as promessas, fomos
aconchegar o estômago com um leitão na Mealhada, pois a alma já estava
confortada, pelo objetivo alcançado.
** No fim de contas, o caminho é duro na chegada a Fátima, mas
muito bonito na sua extensão.
Vale a pena faze-lo, pela sua beleza estética e intrínseca,
pois o laços de amizade saem fortalecidos, apesar dos azares, ninguém se magoou e as avarias foram normais.


3 comentários:
A acompanhar mafarricos e pecadores deste calibre, fiquei com o meu "cadastro" limpo para mais 100 anos... Uma epopeia e um trajeto que me surpreenderam bastante pela positiva e por alguma dureza, sendo que de Coimbra a Fátima o percurso é realmente espetacular, por mim a repetir um dia destes. Apesar dos muitos azares, os acontecimentos deram mais picante e improviso à viagem, a chegada ao santuário foi emocionante.
O Rui, como é já seu timbre, esmerou-se nesta organização e fez das tripas coração, das adversidades a sua força motora. Uma palavra de apreço para todos os colegas da GNR, para o Ferreira, uma máquina na logística e na boa disposição e para o espírito de rebeldia e sempre jovem Manel Xinateiro.
Quanto aos furos e sabotagem da carrinha por parte de alguns chouriços, foi aberto um inquerito pela PGR...
Estas aventuras de vários dias, são sempre para ficar na memória. Principalmente pelo companheirismo, que se vive durante e após a fase de pedalar.
Só sou da opinião, que se deve começar a fiscalizar as máquinas antes de iniciar as viagens, para descartar de imediato, bikes coladas com cuspe, fita-cola e arames , senão paramos muitas vezes, para reparar avarias...
Foi com um enorme prazer que fiz parte deste fantástico grupo, cada um com o seu motivo pessoal o quis realizar. É sempre um prazer pedalar com grandes amigos e quando se junta Amizade, Fé e o prazer de fazer o que gostamos dá em dias fantásticos e inesquecíveis. Para a próxima menos desculpas para o caruncho acumulado nas pernas. De salientar o grande empenho e dedicação do organizador para que tudo corre-se bem. Foi uma grande emoção com a chegada ao destino e com o sentimento de dever cumprido.
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