sábado, 27 de setembro de 2008

Passeio pelas represas do Marão


Pois é, mais um dia bem passado na companhia dos bikistas da 17ECO, lá para os lados do Marão.
Estava tudo a correr bem até aos primeiros 100 metros de subida, não fosse a incompatibilidade do boiadeiro com a sua bike, que o levou a desistir, pois é ainda há quem diga que os trinta é o auge do homem, coitadas das brasileiras!!!.
Passada esta etapa triste, começou a vez do ora bem chorinhas que, enquanto pedalava só chorava mas nunca desistiu, também, quem tem uma scotch Yamaha dt segura não se esperava outra coisa.
Na cauda lá vinha o carunchoso com o seu tripé feito de canos da água com duas rodas e um descanso mas que, graças a ele e à sua relíquia podemos tirar fotos em família. É por estas e por outras, que faz sempre jeito levar o carunchoso. Mais á frente, estava eu a pedalar com todas as minhas forças quando, de repente, oiço uma voz atrás de mim "oi Castro, você aí, está mi ouvindo", assustei-me, por momentos pensei que estava a entrar em território Brasileiro mas, para meu espanto era o trepador que vinha na minha roda, lá pensava que estava a subir as montanhas dos Açores, claro que tal ida àquele Arquipélago o deixou debilitado, também não é para menos, com a companhia do boiadeiro, só poderia vir de lá a falar brasileiro. Agora à que treinar para voltar ao melhor nível. No meio disto tudo, notou-se a falta da estrela de cinema mais conhecido como o chungalized, sim, aquele que tem capacete specialized, calções specialized, óculos specialized, luvas specialized, cuecas specialized e claro bike specialized específica só para descidas, parece que adivinhou pois este trilho era grande parte só subidas e com tanta coisa specialized, só faltava as pernas da mesma marca.
E pronto, cheguei ao fim desta pequena crónica da treta e até breve, encontramo-nos por esses trilhos.
Um abraço deste vosso amigo que tem a mania que é uma espécie de bikista.

Castro
Crónica do reconhecimento deste Passeio

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Passeio dos Patrocinadores

Finalmente fizemos o Passeio dos Patrocinadores.

Com as comparências de: Mouteira, Pedro, Sousa, Assunção, Amorim, J. Almeida, M. Almeida e Presas, (apenas 8 dos 26 que adquiriram o equipamento). De qualquer forma, e assumindo a máxima de que só faz falta quem cá está, fizemos o giro por todos os patrocinadores agradecendo e mostrando aquilo que pagaram.


Infelizmente houve uma queda, o J. Almeida (claro), desta vez com consequências mais graves além do orgulho também fracturou o Rádio (para não haver dúvidas: o mais pequeno dos ossos que constituem o antebraço).


Terminamos o passeio a meter gasolina, no restaurante "O Pescador" na Afurada.

















Pedro "Trilhos"

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Paços de Ferreira, onde até os calhaus têm nome.

Sem me alongar nesta crónica, eu e O Trepador fomos, a convite do Ferreira, até Paços de Ferreira, experimentar os Trilhos que existem por lá, mais concretamente na Serra do Pilar.
Iniciamos, no topo, junto ao Radar n.º2 da Força Aérea, e lá fomos atrás do Ferreira, por terreno muito técnico, (o mais técnico por onde andei), e onde cheguei à conclusão que não percebo nada disto, ao ver o Ferreira, já batido por aquelas andanças, a mostrar os seus dotes técnicos, tanto a subir como a descer, onde até os calhaus têm nomes, como é o caso do “Jurássico” ou do “Penedo das Setas”.

Ficam aqui as fotos da Serra do Pilar em Paços de Ferreira.


















Pedro "Trilhos"

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Viagem ao Rio Tua

Desta vez eu (Bike17eco), Mário Almeida (Sprint Veloce Team), Jorge Almeida e Vítor Silva (Eco Bike), fomos até ao Rio Tua, onde iríamos seguir um Trilho de GPS, tirado da net, pelo Vítor e que segundo ele, passava na linha estreita do Tua, (agora momentaneamente desactivada devido ao fatídico descarrilamento que ocorreu no pretérito dia 22 de Agosto), uma vez que eu achei aquela ideia completamente ridícula, (andar de bicicleta na linha do comboio?!) opus-me desde logo àquela situação.
Após uma breve experiência sobre a linha, executada pelo Jorge, que mesmo com a sua bike de suspensão total, disse não ser praticável, lá fomos pela estrada, com este assunto arrumado, (julgava eu).
Primeira paragem alguns metros mais adiante, uma Figueira mesmo na berma da estrada, e começamos a longa jornada, logo a encher o bandulho de figos para dar força, pois desce cedo nos apercebemos que a topografia da região não nos ia dar descanso, e aquilo era mesmo tudo a subir.
Segunda paragem também algumas centenas de metros à frente, numa vinha onde podemos provar as uvas da região, e que afinal são o ex-líbris da zona, e reconhecidas internacionalmente, sendo das poucas coisas que ainda vão dando bom nome a Portugal pelo mundo fora.
Já na aldeia do Fiolhal, passamos junto à Igreja, que tinha mesmo à mão de semear, a corda para tocar o sino, claro que o Jorge Almeida não resistiu e tocou o sino, felizmente parece que os habitantes não se incomodaram com a situação, mais tarde ainda se lamentou e disse que deveria era ter tocado o sino a rebate para pôr a aldeia toda em polvorosa, quanto a mim ainda bem que não o fez, a ideia de ver os habitantes todos da região a correr na nossa direcção com forquilhas na mão, é coisa que dispenso.
Ainda no Fiolhal, perguntamos o caminho a um cidadão o que vinha a passar o Sr. Luís, que além de nos explicar o que queríamos, ainda nos pediu para o acompanharmos à Adega para nos presentear com um cálice de vinho a sair da pipa, estivemos uns momentos da adega a confraternizar com familiares e amigos do Sr. Luís e depois pedais ao caminho.
O caminho continuou, a subir claro, até Carrazeda de Ansiães, onde almoçamos, eu e os Almeidas, no “Restaurante Vinhateiro” onde comemos um franguinho assado, o Vítor Silva, foi comer a outro lado qualquer, ainda não sei porquê.
Continuando a escalada, passamos por um pomar, onde também pudemos provar as maçãs da região, ainda tivemos que saltar algumas cercas, (o costume quando o operador de GPS não percebe nada daquilo).
Uma vez que tínhamos cerca de 30 km feitos e praticamente ainda só tínhamos subido, chegou a alturinha de fazer uma descida ainda por cima em single track.
Mas o Jorge resolveu estragar a descida, e rebentou com o Pneu da frente ao embater numa pedra dando uma queda completamente desamparado, com a agravante de levar o capacete desapertado (até aqui ainda só tínhamos subido e o capacete era só incomodo), eu e o Mário (os mesmo que nos rimos quando o Jorge caiu, na viagem a Santiago de Compostela) que vínhamos mesmo atrás dele, desta vez não nos rimos, pois a coisa parecia grave.
O resultado foi uma pequena escoriação no queixo e um pneu que vai para o lixo mas que na altura teve que ser remendado da melhor forma que conseguimos, pois no meio do monte ninguém tinha um pneu novo para trocar.
Passado o susto e com a bike remendada, continuamos o caminho, parando alguns Kms mais à frente numa associação onde para além de nos reabastecer-mos de líquidos, foi feito o curativo ao Jorge pelo enfermeiro de serviço, o Mário.
Com os Kms a acumularem-se e o passeio a começar a massacrar devido à altimetria, foi a altura de eu dar uma quedazita numa descida pelo meio das vinhas (foi uma queda vinícola, com qualidade demarcada), não me aleijei, mas o que vi quando me levantei, até me doeu a alma, aquele caminho ia desembocar na…
LINHA DO COMBOIO
Para meu espanto, e ao contrário do que tinha ficado assente no inicio, iríamos entrar na linha do comboio, no inicio ainda tentei pedalar, mas nem mesmo as bikes de suspensão total, quanto mais a minha bike com quadro rígido que não foi mesmo feita para aquilo, nem era suposto ser, a única saída dali parecia ser caminhar os restantes 16Km, com a bike à mão.
A uma média de cerca de 5Km/H, iríamos demorar cerca de 3 horas até ao fim e o sol já se estava a pôr.
Como o que está perdido por um, está perdido por mil, ainda nos demos ao luxo de dar um mergulho no Rio Tua, para relaxar, afinal tirando a parte de ser impossível pedalar e estarmos a ficar sem luz, a paisagem era espectacular, uma garganta escarpada e profunda, com o espelho do Rio Tua a passar em baixo.
A cerca de 10 Kms para o fim, vimos uma locomotiva, daquelas que puxam uma carruagem de caixa aberta, própria para as obras, a recolher vários trabalhadores, que se encontravam a trabalhar na linha e que já estava mesmo a arrancar, mais um minuto e nem a via-mos.
Foi a nossa sorte, com o sol a pôr-se e ainda com a perspectiva de ter de caminhar por 2 horas, as coisas não se apresentavam animadoras, pedimos boleia aos trabalhadores, espantados por ver aqueles 4 a andar pela linha àquelas horas e lá fomos na caixa aberta do comboio, (parece que já estou a ficar batido nestas coisas de andar na caixa aberta durante os passeios de bike). Durante a viagem um dos trabalhadores, provavelmente o encarregado, perguntou-nos se tínhamos andado com as bikes por cima do cimento fresco que eles andaram a colocar algumas centenas de metros mais atrás, claro que a resposta foi negativa, mas recordo-me vivamente de ver 8 marcas de pneus de bicicleta marcados, numa pequena faixa de cimento que percorria paralelamente parte da linha do comboio, mas sob a perspectiva de sermos atirados para fora do comboio, o melhor era mentir.
Ficam aqui as minhas desculpas, mas não estragamos nada, só ficaram as marcas.
No final já na Estação do Tua, contabilizamos cerca de 52Kms, percorridos, infelizmente 6 deles a pé, e os outros quase sempre a subir, (como é possível?) como já era tarde ficamos lá para jantar, no restaurante “o Calça Curta”, eu pedi veado, o que comi não sei, pois não faço a menor ideia do aspecto ou do sabor do veado, mas foi o que pedi.
Também fiquei a saber que o tal trilho de GPS, afinal não passava pela linha do comboio, (daah!) como foi dito no início, mas sim mais acima. Como era demasiadamente óbvio, pelo menos para mim, mas! …


Pedro "Trilhos"
Mesmo passeio versão Sprint Veloce Team