terça-feira, 30 de junho de 2009

Baião

Mais um treininho só para duros…

Desta vez, como íamos para terra de gente dura, só os duros poderiam comparecer.

Claro está que me estou a referir à minha pessoa, Trepador, Trilhos e o duro dos duros o grande Xinateiro, que nos deu o prazer da sua companhia.
Pela manhãzinha, partimos em direcção a Santa Marinha do Zêzere, com passagem por Padronelo, para o Xinateiro matar as saudades do pão regional.

Chegados a casa dos meus pais, Arieiros, SMZ, foi só equipar e toca a pedalar.

Para o aquecimento começamos logo com um subida, por trilhos onde já não passava há mais de 15 anos, daí ter surgido alguma dificuldade em encontrar o caminho certo.

Depois de engatar foi só pedalar pelas belas paisagens da terra.
Na primeira descida um pouco mais sinuosa do que é habitual encontrarmos, o Xinateiro, deu-nos o prazer de o vermos cair, com direito a foto e tudo.
Continuamos por trilhos mais ou menos técnicos, mas com muita subida, até chegarmos a um café em Valadares, onde comemos uma bifanas deliciosas acompanhadas da respectiva “cuca”.
Sem perder muito tempo, montamos as burras e toca a subir até ao alto da Serra de Amarelhe.

Fartos de ouvir o Trepador a fazer birra para dar um mergulho numa represa, o Xinateiro descobriu uma piscina de primeira, no alto da serra, e sem grandes hesitações, o Trepador saltou lá para dentro .
Atingido o topo da montanha, foi só descer, com direito a velocidades aceleradas para fugir aos cães, que o diga o Xinateiro.

No final foi o descanso do guerreiro, num banhinho em piscina com hidromassagem, como se pode ver na foto.

Pena que mais companheiros não tivessem comparecido, mas estou certo que para a próxima terei o prazer da companhia de outros, que destes já estou farto…

Até breve…


Ni Amorim.



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domingo, 28 de junho de 2009

1º Raid BTTALFENENSE.

Desta vez, eu, Saca Saca, Trepador, Santiago Bip Bip, Santos e Litos Compostela, fomos para Alfena, bem perto da casa do Trepador, participar no 1º Raid BTTALFENENSE.

Inicio a rolar rápido por estrada até entrar na serra de Valongo, aí comecei logo a levar coça da topografia, devido à minha actual forma física.

Já estava a pedalar para a frente mas a “andar para trás” quando olho para a frente e vejo toda a gente a subir uma rampa descomunal, que ia rebentar comigo com certeza, quando vejo 2 setas pintadas nas pedras a indicar o caminho à direita por um singletrack, -“Será por aqui?” pensei eu.
Quando ouço alguém atrás de mim a gritar como se estivesse a responder ao meu pensamento (se calhar pensei alto!), -“É á direita, vão todos enganados”.
-“De certeza”? Questionei sem força sequer para olhar para trás, -“ Sim, fui eu que marquei o percurso.” Responderam-me.
Foi a minha salvação, um singletrack à maneira em vez daquela subida, e lá fui eu mais uma meia dúzia de atletas pelo caminho correcto.

Na junção do singletrack, com o caminho alternativo (e que só serviu aos batoteiros para cortar caminho de certeza), que quase toda a gente tinha tomado erradamente, vejo o Trepador á porrada com a bicicleta, fui ter com ele, e vi que ele tinha tido um furo.
Fiquei lá só para dar apoio moral, mas ele não foi na conversa do apoio moral e pôs-me também a dar à bomba, quando aparece o Saca Saca, que nem apoio moral veio dar e o Bip Bip, que está em grande forma (deu-me a descomunal coça de 1hora de avanço em Viana do Castelo), mas que desta vez tinha que vir a gerir pois tinha uma rotura no músculo da perna.
Por esta altura ao Santos e ao Litos Compostela, já ninguém os via, o Santos por estar em grande forma, (já o tinha provado em Portalegre) mas o Compostela devia ser por já andar a cortar caminho (como é seu costume) e por estar cheio de medinho que eu o deitasse pelos penhascos abaixo, que por sua vez também andava á procura do gajo das rodas em carbono para lhe dar o mesmo destino.

Continuando caminho, não faltou muito para a bicicleta de arame, do Trepador voltar a dar problemas, desta vez rebentou a câmara-de-ar, lá tive que dispensar a minha única câmara e mais um bocado de apoio moral, igual ao da primeira vez, a dar á bomba. Entretanto o Saca Saca e o Bip Bip, foram “andando devagar”, e nós 2 ficamos para trás ao ponto de atrasarmos a moto4 vassoura, que ainda esteve uns bons 10 minutos parada á nossa espera.

Continuando em ritmo acelerado para tentar apanhar os 2 que tinham “ido devagar” e principalmente para fugir ao último lugar que estava então confortavelmente seguro por 2 representantes BIKE17ECO, mas nunca mais os apanhamos, até chegar ao abastecimento onde ambos nos esperavam.
Soubemos da queda do Bip Bip, que já meio desmoralizado, nos disse que ia “andando devagar” (nunca mais o vimos). E enquanto eu e o Trepador comíamos, fomos ouvindo as críticas do Saca Saca, que já estava há não sei quanto tempo á nossa espera e para nos despacharmos que estávamos a perder muito tempo, por causa da bike do Trepador. Ora o gajo da bicicleta de pau a criticar o da bicicleta de arame, ia ter que haver troco.

A seguir ao abastecimento com calma, porque já não éramos os últimos lá fomos pedalando até que a faltar 5 kms para terminar, a bicicleta de pau do Saca Saca resolve furar também, foi o destino a dar o troco pelas críticas, lá tive que dar mais um bocado de apoio moral.

O percurso com muitos singletrack`s que eu não conhecia, excelentes para fugir aos habituais estradões em pedra solta, que fazemos quando vamos para estes lados, um percurso certamente para repetir com tempo seco, mas na minha opinião era de evitar o banho no Rio Leça, que infelizmente não é mais que um esgoto a céu aberto, (era um cheiro a água choca!!)

Depois do banhinho, o almoço ao ar livre (ainda bem que nesta fase não choveu) mas de pé. A ideia do churrasco é boa, mas depois do esforço sabia bem comer sentado.

Ficou a promessa da organização de mais raids destes, que certamente irão atrair mais atletas no futuro e a nossa promessa de lá voltar para explorar melhor estes trilhos.

Pedro "Trilhos"

PS: Dois dias depois, pego na minha bicicleta (feita também dum material qualquer reles) e vejo que tinha partido um raio da roda traseira. Afinal também houve troco para mim...

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Puro BTT

Esta é a crónica de um regresso às origens do Puro BTT.

Para mais um percurso no nosso calendário betetista deste ano, marquei com os meus dois amigos e companheiros do costume nestas andanças, Trilhos e Saca Saca, para fazermos o track de Pedorido, Castelo de Paiva.
Dia espectacular com bastante calor à mistura, o que deu para desfrutar em pleno das paisagens soberbas do Douro e dos caminhos percorridos.

Início do percurso pelas 09H30 junto ao areal do rio e seguimos inicialmente por estradão e depois por estrada em direcção ao alto do Santuário de São Domingos da Serra, uma espécie de alto de Nª Sr.a da Graça em miniatura, cuja capela e peculiares sinos se avistam constantemente durante a aproximação e respectiva ascensão, subida esta bem dura e muita acentuada até chegar aos quase 440 metros de altitude. Por esta altura, minha primeira reflexão do dia: o Saca Saca também já deve andar metido na rede de suplementos e outros afins do Pelotão Internacional pois fez uma belíssima subida e sempre num ritmo constante, sendo que o Trilhos estava um pouco mais para trás e segundo ele e passo a citar: “Ah e tal, é que eu tenho que parar para tirar fotografias senão ninguém regista nada...” a máquina dá cá um jeitaço!

Chegada enfim ao alto para as fotos da praxe à paisagem soberba e respectivo santuário. De referir o cumprimento integral da sinalização de trânsito por parte do Trilhos nesta fase.

Descemos por trilhos mais ou menos técnicos, com passagem por uma antiga mina da carvão, a Mina do Folgoso, depois era um sobe e desce constante, com diversos e variados caminhos, desde estrada em alcatrão, em terra batida, singletracks com passagens no meio da vegetação, etc..., simplesmente BTT Puro, isto para grande gáudio do Trilhos que é fã incondicional deste tipo de aventuras.

O Calor já apertava bastante e a malta já estava a ficar seco, fontes e pontos de água nem vê-los, os que existiam estavam selados; entre o km16 e 20, altura para um encontro imediato do terceiro grau com um benemérito cidadão local (que se encontrava em casa), o qual questionado acerca da localização mais próxima de um ponto de água , disse o seguinte: “ fontes próximas não existem mas continuam a descer cerca de 3 ou 4 kms e depois de passar uma ponte, a Ponte Arda, o morador da casa logo a seguir é um gajo Porreiro e dá-vos água quase de certeza...” Porreiro Pá, Porreiro! E com sorte ainda se encontra um oásis com umas gajas de Ermesinde não?

Bem, ossos do ofício, prosseguimos, passando pela ponte, casa do Homem da Água nem vê-la, até que ao km 22, encontramos uma fonte junto a um lavadouro público, local marcado e de passagem do Track. Seguindo o trilho, chegamos a um ponto, junto a um terreno agrícola, em que não havia mais passagem a não ser pelo riacho. O GPS é como o algodão, não engana e assinalava o percurso por ali, pelo que, após umas breves vistorias aos possíveis caminhos ali existentes – isto depois de confirmar se o dono do terreno não se encontrava por perto – o Trilhos descobriu que afinal o percurso estava mesmo à nossa frente só que estava era cheio de vegetação com picos e






completamente tapado, provavelmente sendo um trilho antigo pelo que já estão a adivinhar o que se seguiu: Puro BTT meus amigos! Primeiro o Trilhos confirmou se era esta a passagem e se dava para a estrada, confirmação positiva, foi embrenhar-se pelos picos e vegetação selvagem com as burras as costas, com notícias de avistamentos de cobras pelo meio – era bom para alguém que eu conheço – até chegar à estrada uns 100 m mais acima, com a malta cheios de riscos....

Mais uma subida final até ao km 28, seguida de uma descida vertiginosa e em que até o Saca Saca se queixava das mãos de tanto travar devido à inclinação, com uma passagem de grande beleza pelo Rio Arda que atravessamos, seguido de uma descida em que me espalhei ao comprido devido à lama e a uma ilusão de óptica de uma poça de água que mais parecia um buraco negro! Depois da 2ª fonte ao km 33, paramos mais abaixo num tasco para abastecer em que eu e o Saca Saca pedimos à senhora já de meia idade e toda simpática para fazer duas sandes de queijo e de fiambre, coisas simples mas que fizeram movimentar meio café!! Espaço para uma conversa agradável com a mesma visto que ela referiu que me conhecia de algum lado, o que retorqui que dali era impossível pois nunca tinha andado por estas bandas e era residente na terra das gajas boas, sendo que ela ripostou que sua filha em tempos morou e estudou em Ermesinde, numa Rua com um certo nome peculiar; Bem estava já a barraca a ser armada e não tendo a sorte e a honra da filha da Senhora estar presente para tirar as dúvidas, metemo-nos a caminho até Pedorido por singletracks primeiro e depois por estrada até chegar ao ponto de partida inicial.

Um percurso Puro BTT excelente, exigente mas para desfrutar amplamente do ambiente circundante. Porreiro Pá!

O Trepador



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