quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Código conduta BTT

*Ceder a passagem a outros transeuntes não motorizados.
*Abrandar à proximidade de pedestres e cavaleiros, ultrapassá-los com precaução após os ter prevenido.
*Controlar a velocidade nas passagens sem visibilidade.
*Circular nos trilhos para evitar destruir a vegetação sobretudo em Parques e Zona Protegidas e evitar passar sobre culturas.
*Passar à distância de animais selvagens e não enervar os domésticos.
*Jamais deitar detritos no solo. Conservá-los até ao próximo caixote de lixo. Advertir quem assim não proceda.
*Respeitar a propriedade privada e pública.
*Aprender a rolar em autonomia total. Preparar o seu itinerário, prover a sua alimentação, saber efectuar reparações.
*Nunca sair só para uma incursão em terreno desconhecido. Deixar informações acerca do seu itinerário aos que ficam.
*Saber, em todas as ocasiões, estar de forma discreta e amável.
*Usar o capacete a fim de se proteger, em todas as circunstâncias.
(Adaptado das 11 regras de ouro da NORBA -National Off-Road Bicycle Association)

Convém não esquecer
-Contribuir activamente para a boa disposição e COMPANHEIRISMO
-Não percas de vista o companheiro que vem atrás e preocupa-te em seguir o da frente.
-Mantém-te a uma DISTÂNCIA segura dos outros ciclistas.
-Respeita o ESPÍRITO DE GRUPO – um passeio não é uma corrida!
-Quando se ultrapassa alguém deve-se avisá-lo, anunciando antecipadamente o lado pelo qual vamos passar, e só o fazer com absoluta SEGURANÇA.
-Dá sempre prioridade de passagem a outros utilizadores dos caminhos, reduz a velocidade, CUMPRIMENTA todos os amigos da Natureza e ajuda-os sempre que necessário.
-Respeita as PROPRIEDADES, deixa cancelas e portões no estado em que os encontraste e respeita a sinalização. Escolhe percursos adequados e sê auto-suficiente, levando ÁGUA, alimentos e material de reparação de furos e avarias.

Trepador

sábado, 19 de setembro de 2009

Pelos trilhos de Montalegre

Mais uma saída do Bike17Eco e Companhia por estes trilhos fora, ou seja, Trepador, Saca Saca, Fugas, Manuel Xinateiro e Serge "Caruncho XXL", compunham a equipa de elite presente neste passeio.

Desta vez o destino foi Montalegre para uma sessão de Puro BTT. O percurso inicialmente escolhido tinha início e fim nesta cidade, com cerca de 70 quilómetros previstos.

Após duas horas de viagens, pautadas pelos enjoos matinais do Manuel Xinateiro (devido à ingestão de duas bolas de Berlim ainda à saída de Ermesinde), fomos recebidos pela brigada local da GNR que nos acolheu simpaticamente, como não podia deixar de ser e nos deixou utilizar as suas instalações para o que fosse necessário: deixamos então os carros no referido parque e ainda tivemos direito ao cafezinho da ordem antes de arrancarmos.





Com o trilho carregado no GPS, arrancámos para o castelo daquela vila para apreciar as vistas e de seguida arrancar para os trilhos que nos esperavam.

Após um pequeno percurso em estrada, entramos no verdadeiro trilho que nos levaria até Espanha, passando pelas aldeias de Donões, Sabuzedo e Tourém. Estávamos todos de olho no guia, o Trepador com o seu GPS, à excepção do Manuel Xinateiro que, com o Rod Stewart nos fones, desbravava os trilhos sem medo e cheio de vontade, cantando "à cappella", só parando para atacar as amoras que abundavam pelo caminho – e de muita boa qualidade diga-se de passagem!

Até a aldeia de Tourém, os trilhos foram fenomenais, um misto de descidas técnicas, singletracks e subidas. Tudo isto com um tempinho maravilhoso para a prática de BTT: sem grande sol, com ameaça de chuva e com uma temperatura fresquinha.

Após 4 horas de percurso, chegámos finalmente a Espanha, mais precisamente à aldeia de Randim. E o que fazer em Randim? Procurar um sítio para comprar bananas para combater as cãimbras (as minhas). Mas estava difícil. Após algumas trocas de vocabulário, uma vez que eles não tinham "Plátanos", tivemos de encontrar alternativas. E ninguém melhor do que o Manuel Xinateiro para proceder às negociações. O nosso lanche vitamínico acabou por ser:
Comida: uma regueifa espanhola recheada de Chorizo;
Bebida: mini "Cerveza Estrella Galicia";
Sobremesa: azeitonas.
Para quem queria bananas, a ementa andou lá perto….

Após o lanche, faltava apenas o café que foi tomado, cinco minutos depois, já em Portugal, na aldeia de Tourém.

E a partir daí é que começou a verdadeira dureza. O objectivo era chegarmos a Pitões da Júnias para almoçar mas não imaginávamos que seria tão duro. Após passarmos ao lado de uma fabulosa barragem, era tempo de subir, monte fora, e subir…. e continuar a subir para depois subirmos ainda mais um pouco. E posso afirmar que subir com ela à mão, como foi o meu caso, dói mesmo muito. Os grandes atletas do Bike17, Fugas, Saca Saca e Manel Xinateiro, provavam que estavam em grande forma e já se distanciavam, dando inclusive para o Xinateiro fazer uma pausa para se estender ao comprido na vegetação e dormir uma mini siesta...

Chegados a Pitões das Júnias e após termos feito cerca de 50 quilómetros, já não havia forças para mais. O Trepador, todo engripado e entupido, já nem queria ouvir falar mais de monte. Por isso decidimos recolher e esquecer o restante trilho, uma vez que agora seria "quase" sempre a descer.
À saída da aldeia, apanhámos a boleia de uma Toyota Hiace que gentilmente nos levou na caixa aberta até metade do caminho, poupando-nos a uma subida descomunal e fazendo as delícias do Trepador, não sei bem porquê??? O restante, cerca de 3 quilómetros, foi mesmo sempre a descer, em estrada, até à aldeia de Covelães. Aí, parámos para almoçar, por volta das 16h, no restaurante Monte Alegre, de um familiar meu.
Enquanto o tacho estava a ser preparado, fomos buscar os carros a Montalegre (que ainda ficava a 11 quilómetros) e voltámos ao restaurante. Não haveria mais pedaladas para ninguém.

Foi tempo de montar as bikes nos suportes, mudar de roupa e dar ao dente. O Trepador, muito em baixo, só queria descansar e enfiou-se no carro para passar pelas brasas, afirmando que nem sequer queria almoçar. Mas devido à insistência de todos e para não deixar escapar a oportunidade de encher a blusa, ele lá decidiu juntar-se a nós à mesa e não deve ter ficado desiludido.

Aí os atletas do Bike17Eco deliciaram-se com os sabores transmontanos desta região: presunto, vinho e principalmente o costeletão de vitela. Aí as coisas ficaram compostas e foi tempo de regressar ao Porto, mas com paragens pelo meio devido aos enjoos do Manuel Xinateiro, mais uma vez.

Algumas frases ouvidas durante o dia:

- "F....-se, não devia ter fumado de manhã" (Serge)
- Manel… Ó Maneeeeeel…… Maneeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeelllllllllllllllllll. Aquele c...... vai com os fones e não ouve nada…. (Pimenta)
- Falaram-me em posta mas até agora só vi bosta (Manel Silva)
- Não é por aqui. Temos de voltar para trás. (Trepador n vezes)
- F....-se, é hoje que vou morrer…. (Serge)
- Ó amigo, se me vir no Porto não venha falar comigo... (Manuel Silva a dirigir-se ao Serge queixando-se do trilho)
- I am sailing… I am Sailing (Manuel Silva, com fones a cantar Rod Stewart)
- Isto sim é do que eu gosto, puro BTT (Fugas)
- Ó Manel, queres uma bola de berlim (Trepador)...

Conclusão:
Um dia muito bem passado, muito quilómetros percorridos, com muito sofrimento para alguns (eu, principalmente), mas que valeu pelo convívio e pelo tacho.

PS1: Um agradecimento especial ao Manuel Silva pela oferta do maravilhoso lanche ao grupo, em Espanha.
PS2: Deixo aqui o meu sincero pedido de desculpa pela escolha do trilho e pelas constantes paragens forçadas enquanto esperavam por mim.







Um abraço do SERGE.

Download deste Trilho