domingo, 1 de julho de 2012

Dia 1 do Caminho Português Interior de Santiago - Viseu a Lamego.

* Ora aqui vai a fotorreportagem do 1º dia e que me coube retratar.
*Início da nossa peregrinação na Sé Catedral de Viseu.

*É necessário alguma atenção no que diz respeito às várias marcações neste primeiro dia, principalmente as primeiras em Viseu e logo nos arredores.

*O Início é para bom para aquecer, com passagem pelo meio da floresta e alguns caminhos rurais.

*Surgiu-nos 2 ou 3 vezes a indicação sinalética de um Caminho alternativo - não registei tal facto com a máquina - seguimos sempre pelo original.

*Há que ter cuidado com estes invertebrados e seguir em frente.

*Depois veio uma boa descida numa calçada romana, a anteceder a chegada a Almargem 

e onde refiro um ligeiro engano coletivo e respetiva desorientação geral.

*Agora o porquê de tal facto - as setas estão "protegidas" pela vegetação

*Este trilho, que vem desembocar na N2 e em Almargem, tem uma zona perigosa

*Podemos dizer que começam aqui as dificuldades da etapa, desde Almargem até Mões, não há nenhuma localidade para abastecer de líquidos e fruta, a subida é bem durinha até ao marco geodésico, a única única fonte localizada foi em Vila Meã e para colocar carimbos nas credenciais também não encontramos, o tempo resolveu também arrefecer um pouco bruscamente mas é normal em altitude, nada como estar prevenido.

*Entre a subida desde Almargem e a subida para Vila Meã, pelo meio temos esta descida em estradão bem acentuada a qual vem dar a este local magnífico, com a indicação já do Concelho de Castro Daire

*Já em Vila Meã ,na fonte citada.

*Aqui dei conta da única “avaria” geral destes 3 dias com direito a reparação improvisada (posteriormente saltou-me outro parafuso do sapato contrário).

*Em direção ao talefe (773m).

*Chegada a Mões, pelas 12H50, local escolhido para o almoço, no café A Sineta.

*Em Meões, era esta a indicação do Caminho.

*Este foi um momento chave da etapa, pois chegou-se a ponderar almoçar a Castro Daire, que distava sensivelmente a 12 Kms dali, mas optamos por Meões. Ora como vão constatar mais adiante, seguimos sempre as setas e não é que não passamos por Castro Daire.
 *Era hora de retomar a cruzada, o pessoal já vinha com algum cansaço, principalmente o Rui Pereira, que não tem treinado muito, fator que se vai refletir mais tarde.
*Saindo de Meões, o caminho faz quase um circuito em oito até Vila Franca, passando por Vila Boa, com logo de seguida uma dura subida.

*Descendo por trilhos até atravessar o IP3, local onde ocorreu a única queda desta aventura e sem gravidade, do Filipe Silva.

*Novo atravessamento do IP3 depois de Ribolhos.
*Aqui demos de caras com uma descida acentuada

 até Á Praia fluvial de Folgosa, um local paradisíaco, no Rio Paiva (Km 41).

*Uma zona espetacular junto à praia fluvial com o atravessamento do rio através de pedras. Não dá para tremer.

*O que desce depois tem de subir e não foi pouco, há que vencer uma subida bem dura por estrada depois da praia fluvial até á nacional.

*Novo Atravessamento por baixo da A24 e em cima de pedras.
*Estávamos já bem todos desgastados pelo calor, peso das tralhas e pelo carrossel do percurso, mais ainda o Rui Pereira.
*Entramos na localidade de Fareja, a 2/3 Kms por estrada de Castro Daire, e aí o Rui Pereira, dado o cansaço em demasia, decidiu ir por estrada até à GNR, local onde o primo do Filipe iria passar para efetuar o transporte dos nossos sacos até Lamego. 

*Nós seguimos pelo então pelo Caminho desde Fareja, ficando de ir ao seu encontro, pensávamos nós....

*Quando demos conta, já estávamos num patamar mais acima, na entrada da N321, em direção à Serra de Montemuro, umas vistas fantásticas diga-se.

*Ficou acertado então que seguiríamos nós pelos trilhos e o Rui Pereira ia diretamente para Lamego.
*A partir daqui e até Bigorne, o Homem da Marreta andou sempre a ver se nos encontrava, o caminho torna-se muito duro, sobretudo psicologicamente, 

dado o tipo de piso encontrado, são autênticos trilhos de cabras na sua maioria e muito isolado. Mas também torna-se idílico para quem vive estas aventuras.

*Em Moura Morta, com acesso por uma ponte romana, só havia um café e estava fechado....

*Só em Mezio é que se podia abastecer, quase a chegar a Bigorne. 
*Em Bigorne, paramos no café Giesta, logo á saída da A24,  e comemos umas bifanas em vinha d´alho e bebeu-se umas colas já que estávamos todos fartos de barras e de água.

*Depois e até Lamego,  fomos quase sempre por estrada, em descida, com algumas passagens fora da mesma, mas aqui a sinalização do caminho está algo confusa ou então já era o cansaço evidenciado a falar mais alto.
*Chegamos por fim à Esquadra da PSP de Lamego, por volta das 19H30.
*Depois de retemperadas as forças, o local escolhido para Jantar foi o restaurante Londrino, na companhia do Vingada, um colega nosso daquela localidade e que nos fez uma visita guiada apropriada.
*Deixo-vos com as minhas impressões/sensações do 1º dia do Caminho: é muito bonito em termos de paisagens, com trilhos variados e destaca-se a natureza selvagem, mas também bem duro, com descidas e subidas muito acentuadas, um percurso tipo carrossel, o isolamento é quanto basta, é necessário estar devidamente prevenido para o clima pois as mudanças são bruscas, e por último a sincera hospitalidade das pessoas pelo caminho.


Manuel Sousa.



Fotos deste Passeio

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