segunda-feira, 2 de junho de 2008

Os Domingueiros das ecovias.

Mais um domingo, mais uma ecovia.
Mais uma vez os 3 eco-domingueiros, juntaram-se para fazer outra ECOviazita. A fazer juz ao nome das equipas bike17ECO e ECObike.
Mais uma vez, Sousa o Trepador (bike17eco), Vitokourov (ecobike) e Pedro Trilhos (bike17eco), lá foram bem cedo, a caminho de Mira (Aveiro) à procura de riscar mais uma ecovia do mapa.
lista de ecovias Portuguesas
Após a chegada e a confusão com a localização do ínico da ecovia, que ainda aumentou quando o vitokorov colocou essa questão a um companheiro ciclista que passava, na sua bicicleta de 1900 e carqueja, sem travões como fez questão de frisar, e que além de responder num dialecto que nenhum dos 3 conhecia, também deve ter percebido mal a questão (também não conhecia o dialecto Portuense) e julgo que respondeu a outra coisa qualquer.


Vencidas as primeiras dificuldades lá seguimos pela via que nos pareceu mais correcta. Nesta fase inicial, a ecovia não é mais que uma faixa pintada na estrada, ou isso ou o passeio, ficamos sem saber qual dos dois era efectivamente a ecovia, mas lá fomos.

Alguns metros mais à frente, no sprint para a 1.ª meta-volante, ganhou a velhinha do triciclo, o Vitokourov mesmo no seu melhor não foi rival para a senhora, e perdeu no sprint final. (Vitokourov, não vale a pena reclamar a foto comprova tudo. Mais à frente lá nos embrenhamos em terreno arborizado, com ar puro e uma bonita paisagem, passamos ainda por um par de pontes, que atravessam os vários riachos que cruzam aquela zona do País, e lá tiramos umas fotos turisticas.

Passamos pela lagoa de Mira, onde estavam alguns pescadores que tinham acabado de pescar um peixe, mais uma vez tiramos umas fotos turísticas (afinal somos domingueiros), e ainda deu para subir á torre de vigia, que lá existe.







No final da ecovia, e como ainda tinhamos que andar mais um pouco, apanhamos uma das estradas que cruzam aquelas matas em direcção à praia da Tocha, era a estrada mais monótona que se pode imaginar, parece que vamos num tapete rolante sempre no mesmo sítio e a paisagem vai rolando. A câmara Municipal daquela zona compra as estradas ás peças, tipo legos, mas só compra rectas para não gastar dinheiro em curvas.

Chegados à praia da Tocha, que para lá chegar ainda fizemos mais alguns Km´s de ecovia, presenciamos uma terrinha muito bonita com uma casinhas pequenas junto á praça principal, e uma espécie de colónia de férias com casas em madeira noutra parte da vila, o Vitokourov tirou uma foto junto á sua máquina de sonho, vai trocar a “La Pierre”, e discutimos se iriamos ou não

seguir em frente ou voltar para trás, a decisão foi obviamente seguir em frente.
Posto isto seguimos a seta que dizia «Quiaios 13km», podiam era avisar eram os 13Km em linha recta, com um piso medonho cheio de buracos, mais uma vez parecia que estavamos sempre no mesmo sítio, eram as mesmas peças de legos da outra recta, mas estas eram as que tinham defeito.

Em Quiaios, fomos abastecer, ao tasco local e à mercearia, seguindo depois para a Serra da Boa Viagem. Não sem antes, vá-se lá saber como ou porquê, (devia ser a directa a fazer-se notar) o Trepador despista-se e atira-se contra um portão de garagem, provocando o estrondo característico da chapa, não houve lesões e fugimos antes que o dono viesse ver os estragos no portão.

Na Serra da Boa Viagem, durante a escalada, deu para ver que a serra está pejada de trilhos, quase todos marcados com fitas coloridas, aliadas a marcações no pavimento, (ficou desde logo prometida uma viagem de exploração aos trilhos desta serra).





Quase no topo, ocorreu a primeira avaria, um furo no pneu posterior da minha Trek e pronto lá tive de moinar uma câmara de ar ao Vitokourov, que não deixou de se gabar que a sua câmara era das melhores e tal, era da marca XXX e não sei quê. Lá vou ter de pintar um nome duma boa marca de bicicletas numa câmara de ar das fatelas para lhe devolver, (ou então dou-lhe a mesma).
Após a reparação e o lanche, sim porque sem comer também não se pedala, e a discussão, ir ou não ir à Figueira da Foz, lá fomos ao topo, onde se pôde ver a espectacular vista, que vai das praias até à Serra do Bussaco.

Já a descer a serra lá decidimos ir a corta mato, (afinal não somos assim tão domingueiros), voltamos para trás e escolhemos um dos vários trilhos que rasgam a serra, mas parece que escolhemos o pior, é quase todo em pedra solta, que não dava grande vida ao equipamento, e dificultou a descida. Eu embora não tenha caído, fui praticamente aos morangos numa curva, só não caí porque fiquei em cima duns arbustos que aguentaram o meu peso, e não foi o único “quase despiste” que tive, muito por culpa dos meus pneus «slics», mas lá me safei.Quando eu e o Vitokourov, já nos encontramos na base da descida principal, notamos a demora do Escalador, e como chamamos por ele e não obtivemos resposta, lá fui eu pensando o pior, serra acima a pé procurar o Escalador. Estava tudo bem, mas tinha tido uma avaria, daquelas estúpidas, que nem sei explicar, saltou um rebite da pedaleira maior, e a corrente ficou encravada em 2 sítios diametralmente opostos e exactamente da mesma forma, entre o prato da pedaleira os parafusos que os seguram e o braço do pedal, nem consigo explicar, só vendo. Entretanto o Vitokourov, que tinha ficado a tomar conta das bikes apareceu também, subindo a serra, todo roto com as 2 bikes, a dele e a minha.
No regresso, para evitar a maravilhosa sensação de monotonia, que as rectas ofereciam, resolvemos voltar pela estrada nacional, com paragem no tasco para o reabastecimento.

No final foi de notar que durante toda a viagem passaram por nós, ou nós por eles depende do ponto de vista, muitos mais ciclistas pertencente à classe reformada, do que de outro tipo de classe etária, quase todos com o mesmo modelo de bike, selim com molas, cesto atrás ou à frente e pouca tinta na ferrugem, mas afinal era domingo e nós fomos passear para uma ecopista, do que estavamos à espera.
E foi assim que fizemos mais 108 Km, em 5h30, sempre a ouvir a rádio Vitokourov, que só passa clássicos da tv mal assoviados. O meu Mp3 lá me safou mas o Trepador teve que o aturar.
Pedro "Trilhos"

4 comentários:

Anónimo disse...

Fica aqui desde já e antes de sair a crónica do nosso amigo Pedro Trilhos, o meu apelo ao pessoal para organizarmos brevemente um passeio à Serra da Boa Viagem, é que Vale mesmo a pena, tem tudo para se passar um excelente dia e não fica longe, depois deliciam-se com as fotos...

Anónimo disse...

OK.
É uma questão de programar o calendário da época desportiva do BIKE17ECO, com os passeios que já estão agendados e colocar esse.
POR ISSO.... POR MIM VAMOS A TODOS!!!

FORÇA BIKE17ECO !!

Anónimo disse...

Mais um excelente passeio domingueiro para riscar uma ecovia da lista final.. a Serra da Boa Viagem é para se fazer um reconhecimento sem dúvida pois não faltam trilhos e paisagens do melhor.
O pior foi mesmo a Rádio Vitokourov no final mas a malta já se vai habituando... preciso mesmo de um MP3!

Anónimo disse...

para quem não queria ir a serra da Boa Viagem, agora já fazem planos para um dia só naquele local.Ainda bem que gostaram das paisagens, mas isto tudo para dizer que as vezes os sacrificios são compensados.
Foi de facto mais um grande dia a pedalar e que venha rapidamente o próximo.
abraços