Para combater o tédio do inverno chuvoso,
que não permitiu manter a boa forma física, aproveitámos os primeiros dias da
tímida primavera, para descobrir mais uma ecopista. Desta feita a escolhida foi
a do Tâmega, concebida com aproveitamento da antiga linha de comboio.
Pelas 09h00, rumamos em direcção à cidade
de Amarante, local escolhido para dar início a mais uma aventura. Antes de iniciar
a malta ou seja, Sousa, Rui, Luis Pedro, Pedro e a Edite, áh e o Arlindo
Ferreira, que apesar de não andar de bike, é o nosso batedor, para marcar
refeições e alojamento etc…, a malta tomou o reforço inicial bolinho de
coca-cola e chocolate… um pequeno miminho.
A pista tem um traçado lindíssimo, com um
início ascendente não se nota muito, mas sobe, o piso em betão amarelo permite
um bom andamento, a manhã esta óptima para a andar de bike e tudo ajuda o
andamento é bom mas…., começam a surgir as barreiras, que cortam o andamento e
põe á prova a paciência de quem quer rasgar. Mas estão para nos proteger se bem
que em alguns locais são desnecessárias.
Por volta do km 17 temos o Túnel de Gatão,
que é único e um local propicio para tirar mais uma foto.
Foto aqui… foto ali… o tempo passa rápido.
Bem lá aparece o piso em terra batida,
para fazer o gosto á malta do BTT.
Durante o trajecto vamos passando por
algumas antigas estações algumas recuperadas mas outras a suplicar uma
intervenção urgente, poderíamos aproveitá-las para as converter em zonas de
apoio e serviços. Como em Celorico de Basto, onde o pequeno núcleo museológico
é muito agradável, assim como a simpática das gentes que por ali trabalham.
A registar que o rio Tâmega é nosso
companheiro de viagem proporcionado em cada curva e ponte, mais um apontamento
fotográfico e um comentário.
Mas o melhor é juntar o rio com o monte da
Srª da Graça (Monte Farinha), o ponto mítico da volta a Portugal, mas hoje a
malta não lhe apeteceu subir para tirar mais uma foto, fica para a próxima.
O nosso batedor Ferreira já tinha ligado
uma 15 vezes a questionar se faltava muito, pois queria marcar o almoço, presumo
eu que ele tinha era o estômago em alvoroço.
Chegados a Arco de Baúlhe, chegámos ao fim
da linha (faltava voltar para trás), com +- 40 Km, nas pernas, a estação foi
recuperada e encorpada com um museu do comboio digno de ser visto.
Mas ainda tínhamos mais 2 km até
ao restaurante Caneiro, onde o repasto foi agradável, e com umas vistas
fabulosos para o rio.
Possivelmente, temos de afirmar que a
Edite, deve ter abusado ao almoço e teve de ir de carro com o Ferreira, enfim
não sabem beber….. tou a brincar foi muito tempo de inverno e já estava
cansada.
Bem o regresso talvez tenha sido menos
duro, porque apesar de tudo tem um acumulado de 1500 metros, é enganador.
Aqui está um bom exemplo do aproveitamento
que se pode fazer de linhas e locais que já não são utilizados apar os fins que
haviam sido projectados, mas que continuam a servir as populações de forma
diferente e mais saudável, pois são inúmeros os utilizadores desta pista quer
seja de bike ou a pé.
Só falta a criação de serviços de apoio á
pista e terminar a mesma, na Livração.
Rui Silva "Escolinhas"