**Após a concentração na casa do
Trepador, já debaixo de uma chuvinha jeitosa, começamos a conferenciar sobre
qual trilho iriamos fazer, pois havia duas opções, um em Paredes de Coura e
outro em Ponte de Lima. Eu era a favor do trilho de Ponte de Lima, pois era de
menor extensão (quanto menos Kms melhor) mas os meus caros amigos preferiram o
de Paredes de Coura (cerca de 62 Km).
** Lá nos fizemos à estrada mas ao
aproximarmo-nos de Ponte de Lima, o navegador de serviço começou a falhar e
andamos ali um pouco perdidos, motivo pelo qual chegamos a Paredes de Coura a
umas lindas horas (10H30). Após os preparativos e uma ida a um café para um
reforço alimentar, iniciamos o percurso às 11H00, ainda com a companhia da
nossa amiga chuva.
** Para não variar e como estava
fresquinho, começamos logo a subir. A parte inicial foi feita por uma estrada
que nos levou até ao Santuário de Nossa Senhora da Pena. Antes de chegarmos ao
Santuário fizemos uma pequena paragem junto do Hospital Psiquiátrico mas não
nos quiseram lá, por isso tivemos que seguir o nosso destino.
** Depois de contemplarmos as
paisagens daquela zona através de um miradouro, lá seguimos mais um pouco por
estrada até uma aldeia chamada Venade e aí entramos num trilho em terra. Mais à
frente surgiu o primeiro momento apelidado por nós, de puro BTT. Nós bem procuramos
o caminho mas nada, o GPS levava-nos para o meio dos picos e das pedras e ainda
por cima era a subir.
** Por fim, lá encontrámos o caminho
que nos levou a mais um alto (730 m), desta vez até à Capela de São Silvestre,
mesmo junto a um parque eólico.
** Ainda fizemos mais alguns Kms
pelo trilho marcado no GPS mas a uma certa altura, o mesmo desviava para um
caminho inexistente e então tivemos que arranjar uma alternativa. Claro está
que a coisa não ia ser boa e então surgiu mais um célebre momento do tal puro
BTT. Iniciamos a descida por um caminho onde a vegetação era tanta que nem dava
para ver se havia buracos ou pedras, situação essa que levou o Trepador a
brindar-nos com uma verdadeira cambalhota, felizmente sem quaisquer
consequências (ainda tentei tirar uma foto ao moço a voar mas não fui a tempo.
Eheh!)
Com tantos picos pelo meio surgiu
o primeiro furo e logo na minha máquina (para não variar). Avaria resolvida,
alcançamos mais uma estrada que nos levou até à localidade de Extremo.
** A partir daqui apanhamos uma
verdadeira “pinga”. 5 Km sempre a subir, com zonas onde a inclinação atingia os
20% e com algum calor a ajudar. Atingimos o ponto mais alto do trilho (825 m).
** Com mais um parque eólico
alcançado entramos num caminho mas mesmo a descer, esse caminho não nos
facilitou nada, pois havia muitas partes em que as pedras soltas eram tantas e
nos obrigava a fazê-las com as biclas à mão.
** Já na pequena localidade de São
Miguel, encontramos um tasco e paramos para mais um reforço. Foi nessa altura
que o Fugas reparou que tinha um pneu furado. Lá tivemos que ouvir o tão
conhecido comentário do Trepador: “Vocês não põem tubeless, é o que dá!”
** Como já estava a ficar um
bocadinho tarde e o caruncho a denotar-se fortemente, a partir dali ainda
seguimos um bocado pelo track mas chegamos a um ponto em que decidimos alterar
o percurso e ir sempre por estrada até Paredes de Coura.
Quando chegamos à EN101, o
navegador de serviço ficou novamente baralhado e lá teve que ir o Trepador
perguntar a um habitante daquela zona, qual o melhor sentido a percorrer.
Quando o senhor nos diz que eram 20 Km até Paredes de Coura, quase que me dava
um enfarte. A esta altura já tínhamos 50 Kms nas pernas.
Concluindo esta parte, fizemos
mais 25 Kms e não 20, dos quais 15 foram a subir. Quando chegamos ao carro
estávamos de rastos, tínhamos percorrido 75 Kms. Que empeno!!!
** O Fugas tinha um jantar de
aniversário marcado e lembro-me, a uma certa altura, de o ouvir falar ao
telemóvel a dizer que às 20H00/20H15 já estaria no restaurante. Pois isso!
Chegámos a Ermesinde às 22H00 e a Sónia já fervia! Começar a pedalar às 11H00 é
o que dá!
**Abraços e beijinhos!